quarta-feira, 21 de julho de 2010

Qual é a sua referência?

Muitas vezes, por vontade de Deus, somos levados à contrariar nossa própria vontade. Para estar no centro da vontade de Deus, temos que alterar a rota de nossas vidas. Há bem poucos meses, tive de sair da congregação onde me converti a Jesus, para um outro ministério; onde Deus tem me moldado bastante. A saudade dos irmãos era tremenda, mas pouco e pouco fui compreendendo o agir de Deus... Mas o que me surpreendeu bastante, foi notar que após ter saído, de bem com todos, houvesse quem me pusesse de parte. Pessoas que outrora me cumprimentavam calorosamente, mudaram de atitude; ao baixarem a cabeça e, em determinadas circunstâncias apenas levantam a mão com um sorriso forçado no rosto, nem param sequer, não deixando nem tempo de perguntar se vai tudo bem... Isto não por poucas vezes, quase diariamente. Deixe-me dizer que é triste alguém que se diz cristão ter atitudes destas, fazem-me lembrar os herodianos. A igreja não é um partido político, nem uma empresa que luta por clientes. Jesus não virá buscar uma igreja e sim "a igreja", sua noiva. Ora Deus não habita em tabernáculos feitos pela mão de homens, não é a placa ou a beleza do templo, com seus adornos, ou a cor da parede que determina a salvação. O Espírito Santo habita em nós, onde houver um crente fiel Jesus está presente. É preciso compreender que estamos do mesmo lado, como o próprio Jesus disse: Todo o reino dividido contra si mesmo, não subsiste. Amados isto não é reino dos céus, infelizmente até os demónios são mais sábios que certos crentes. Ouço relatos de crentes que indagam a si mesmos, o por que não conseguem ter vitória, pois oram e jejuam, estão sempre na igreja, e a vida vai de mal a pior... Simplismente estão dispersos no meio da batalha, umas vezes ao invés de atacar o inimigo, bombardeiam quem está lutando a seu favor. Como concluiu o apóstolo Paulo ninguém pode dizer que é de Cefas, de Apolo ou de Paulo. Há um que planta, outro rega, mas só um dá o crescimento: Deus. Quantas almas levantam emocionadas as mãos para Jesus, e quantas é que permanecem nos caminhos de Deus? É pela graça que somos salvos, não pela vontade ou ação do homem. Cada vez que ganharmos uma alma, estamos cumprindo uma determinação de Jesus: Fazer discípulos. É Deus quem nos capacita, quem nos dá palavra e sabedoria, mas ninguém ganha almas para si próprio, ou para determinada igreja e, sim para o reino de Deus. Ou seria o vaso maior que o oleiro que o fez? Somos meros instrumentos nas mãos de Deus, não temos o direito de desprezar quem quer que seja, nem considerá-lo traidor por ter saído de um ministério para outro. Interessa que cumpramos o salmo 23: O Senhor é o meu Pastor...Ele deve ser é a nossa referência, pois nunca falhará, Ele é a nossa salvação. Como podemos ter o homem como referência nesta terra, sendo nós falhos e pecadores, se o homem cair, também caímos. Corremos muitas vezes o risco da idolatria dentro da própria igreja; idolatria ao pastor, ao pregador, ao irmão A ou B, ao cantor, e até às cores da placa e da bandeira da igreja. Infelizmente há crentes que só enchem a igreja quando está lá determinada pessoa à frente do trabalho, esquecendo-se que Deus está à frente de tudo. Deus usa quem quer e como quer. Deus nem sempre fala na sarça ardente ou com voz de trovão, nem sempre está no terremoto, pode estar numa brisa suave. Importa que estejamos atentos à sua voz. Olhando sempre para o alvo, sem desprezar ninguém, pois o mesmo que nos ungiu, ungiu também o nosso irmão. Sabendo, segundo a Bíblia, que há um só juiz, não queiramos ser juízes, pois desta maneira seremos nós também julgados. Lembrando ainda, que temos o mesmo inimigo em comum, pois somos a igreja de Cristo que porfia por entrar pela porta estreita da salvação.

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