sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O que Deus uniu não separe o homem...

Realmente esta é uma verdade incontestável. Mas você já parou pra pensar que nem tudo é Deus que une? Conheci uma pessoa que defendia ser contra o divórcio, mas afirmara , no passado ter feito um trabalho de macumba para conseguir que, o então, namorado se casasse com ela, por causa de uma gravidez inesperada, obviamente que o casamento cedo acabou. Conheço não um, mas vários casos de pessoas que se casaram por conveniência, por exemplo para sair da apertada disciplina militar da casa dos pais, ou para fugir de situação de pobreza extrema. Sem falar nas pessoas que se casam por interesses financeiros ou para adquirir uma posição social privilegiada. Já ouvi relatos de jovens que se casaram por vaidade, uma vez que a moça tinha um corpo bonito. Quantas jovens se apaixonaram por uma vestimenta profissional, ou por uma boa conversa se iludindo com mentiras. Mais tarde a situação ficou intolerável e a saída para evitar uma tragédia foi o divórcio. Pior ainda quantas mulheres não optaram por fazê-lo e acabaram por morrer vítimas de violência doméstica. Compreendo que certas denominações não aceitem que casais divorciados e casados pela 2ª vez venham fazer parte do corpo de membros. Entretanto vemos irmãos arrependidos sinceramente, mas que são ex-homicidas, será menos grave matar alguém? E Davi, o homem segundo o coração de Deus, que para além de ser o mentor de homicídio ainda adulterou e permaneceu casado com Bate-Seba, vindo posteriormente a serem pais do Rei Salomão, a quem Deus amou. Logicamente poderíamos dizer que eles pagaram um alto preço, a perda do fruto deste adultério, mas o próprio Deus os confortou dando-lhes aquele que seria o sucessor ao trono, e que viria a ser também o homem mais sábio que já houve, não bastando ser digno de edificar o Templo. Com certeza os casais vindos de casamentos anteriores são pessoas que quando chegam à presença de Deus, já pagaram um alto preço pelas suas falhas. O que fazer com eles quando chegam à igreja, excluí-los como leprosos imundos ou amá-los, inserindo-os na comunidade cristã, para que não venhamos ser pedras de tropeço, fazendo com que estes voltem para as trevas? Infelizmente algumas denominações dizem que podem apenas frequentar a igreja, não podendo ter com ela vínculo. Levando a pessoa a crer que não poderá nunca ser perdoada por Deus, nem tampouco tem direito à salvação. Note que a Bíblia cita apenas um único pecado como imperdoável: "A blasfêmia contra o Espírito Santo". A Bíblia também fala que dificilmente um rico entrará no céu. Mas remata dizendo que para Deus tudo é possível. Imagine um casal divorciado a mais de uma década, em que ambos refizeram suas vidas, num momento em que não professavam sua fé em Jesus, tendo já filhos pequenos, numa situação em que apenas o homem trabalha, por não haver condições de saúde para que a mulher o faça. A igreja lhes propõe tres hipóteses para que venham a ser batizados: a) separem-se e permaneçam sós para o resto da vida, ou b) Voltem para os seus ex-conjuges, ou ainda c) Aguardem que o ex morra. Analizando esta caricata situação: Como sobreviveria a mulher, e o que fariam com um amor sincero e maduro? Na segunda opção voltaria cada um a viver no "inferno" em que saíram ou aceitariam tamanho constrangimento a ter de viver com uma pessoa amando outra, impondo aos filhos uma vida infeliz, num lar sem amor, tolerar-se-iam mais uma vez? E finalmente; torcer para que o ex morra, não é falta de amor com o próximo? Sim porque estranhamente o cristão será tentado a ter este desejo uma vez que fatalmente reconhece mais improvável as 2 primeiras hipóteses, e o pior: será que não se começaria a ponderar que Davi sim agiu bem? Pessoalmente também sou contra o divórcio, mas sou mais contra ainda àquelas pessoas que tiveram a felicidade de ter tido um casamento abençoado e por isso se acham no direito de julgar os outros. Claro que existem aquelas que não acertaram, mas que conheceram ou já conheciam o Senhor Jesus, pelo que receberam força para vencer, por exemplo, a violência doméstica, tendo alcançado graça para que houvesse conversão do conjuge. Se o mundo jaz do malígno, creio que Deus santifica estes casamentos quando aceitam a jesus como Salvador ou apenas um dos dois já que o conjuge crente santifica o não crente. Será que Jesus quando falou do divórcio falava para o povo israelita ou também para falava para outros povos, incluindo aqueles que cultuavam outros deuses. Porque quem não conhece a Jesus, vive de acordo com o desenfreiamento do mundo, idolatrando os seus ídolos, mas quando aceita Jesus recebe então, o poder de ser feito filho de Deus(Jo 1:12), será que falava Jesus para famílias aprofundadas no espiritismo ou politeístas, claro que não. Pois se todas estas pessoas estavam condenadas, porque se importaria Deus em santificar a união de pessoas condenadas. Subiria o casamento ou a alma? Não estou defendendo aqui o divórcio, mas sim que ponderemos que pessoas sinceras em sua fé possam morrer espiritualmente por causa de algo que não nos compete, uma vez que só Deus é Juiz. Acredito sinceramente que no sangue de Jesus há poder para lavar o pecador.