segunda-feira, 12 de julho de 2010

Como destruir uma bela amizade

Vamos orar?
"Senhor, meu Deus e meu Pai, nesta hora, peço perdão pelos meus pecados... Senhor muito obrigado pelos amigos que me destes. Dá me, Senhor sabedoria nas minhas amizades. Abençoa cada uma delas, naquilo que necessitam, conforme a tua soberana vontade. Toma em tuas mãos aqueles que se auto-intitulam meus inimigos e desafetos, que a tua misericórdia venha alcançá-los. Em nome de Jesus, eu oro e agradeço. Amém!"
Base bíblica:
"Retira o pé da casa do teu próximo, para que não se enfade de ti e te aborreça." (Provérbios 25:17)
Com certeza esta será uma receita que ninguém gostaria de aprender, mas será útil para não cometermos erros fatais para uma bela amizade. Talvez você já tenha ouvido a expressão: "Fulana pagou-me o bem pelo mal." Também deve se lembrar de pessoas que eram "unha e carne" e hoje não se podem olhar uma para a outra. Quem falhou e porque? Descubra que nem sempre o vilão da estória é quem dizem que é.
O princípio de uma amizade é sempre algo bom em nossas vidas, surgem aqueles favores que o familiar distante não pode executar, pode ser aquela ajuda na hora do sufoco ou da enfermidade. Tem amigo que Deus coloca no seu caminho na hora certa e no momento exato. Há amizades para toda a vida, e conforme diz a Bíblia: há amigo mais chegado do que um irmão. Mas viver constantemente na casa do próximo pode acarretar sérios problemas, principalmente se a pessoa for casada, mais grave ainda, se houver filhos. É gostoso e saudadável receber a visita de uma amiga, tomar um cafezinho com bolachas ou fazer a nossa especialidade culinária. Falar um pouco sobre nós mesmos, ouvir boas novas... Mas a pior coisa é quando, rotineiramente, a dona de casa, tentando ser agradável, negligencia ou não encontra espaço para executar suas tarefas domésticas adequadamente. Não há espaço sequer, para que haja um ambiente físico nem psicológico preparado para à chegada do esposo, pois muitas vezes a pessoa está tão saturada que acaba não correspondendo às expectativas do conjuge, tornando o ambiente pesado e propício, muitas vezes, ao desentendimento. Quando há filhos, existe uma necessidade das crianças de serem acarinhadas, muitas vezes tendem a "puchar" pela atenção da mãe. Aí entra aquela pessoa que de tão infiltrada no lar, se juga no direito de intrometer-se :"castiga!!!", eu conheço um caso assim e assim... Muitas vezes a mãe estressada acaba por castigar a criança, e quando não castiga tem que ouvir insinuaçõs que muitas vezes magoam. O ambiente aconchegante de outroura torna-se confuso. Talvez este seja o sinal de alerta, quando a "amiga" avança o limite que só compete aos pais. Existem situações de grande incômodo, principalmente se há bebês ou crianças de pouca idade. Imagine que a criança dormiu mal ou esteve doente durante a noite, e logo pela manhã a mãe exausta é despertada pela "amiga" que quer entrar no seu lar e na sua vida, como quem revindica um direito que adquiriu dia após dia. A pessoa vai perdendo o direitos básicos em sua vida, como dormir bem e à hora que lhe apraz. Quem não tem os seus momentos, em que gostaria de ficar só, ler algo interessante, meditar na Palavra, buscar a presença de Deus, passear com as crianças sem prévia marcação, e sem outra pessoa por perto, ao invés de ficar em "prisão domiciliária". Normalmente este tipo de "amiga" quase, ou nunca convida a outra para ir à sua casa. A outra muitas vezes se sente refém dos favores que a "amiga" lhe prestou. Tudo começou bem, foi se tornando uma bola de neve incontornável. Existem pessoas que chegam ao cúmulo do absurdo de ir bem cedinho, e isto por várias vezes na semana, de modo que a outra se sinta constrangida e a convide para almoçar. E ainda outras que chegando à hora que a pessoa está de saída convidam-se para ir junto, dando palpites até no que a outra vai comer, muitas vezes munidas de seus próprios interesses. Mas saiba que isto não é caráter de um Cristão, pois esta pessoa não ama o próximo como a si mesmo, apenas vê na casa da outra um lugar de entretenimento diário e, em alguns casos uma poupança dos seus próprios meios. Chega o momento em que a infeliz anfitriã está tão sufocada, pelo entrometimento em sua vida conjugal, e muitas vezes na educação das crianças, que dispara uma resposta ensaiada, na tentativa de retomar o controle da própria vida. Aí a coisa fica estreita, pois aquela que dantes foi melhor amiga, passa a desafeto, levando consigo segredos pessoais, rotinas e em alguns casos confidências íntimas. Já não se suportam e só convém arranjar alguém para compartilhar o que viu e ouviu, e principalmente como foi útil à sua "ingrata ex-amiga", frizando vezes sem conta os favores que prestou. Isto é bem verídico, mesmo no meio dos crentes existem pessoas que tornam-se um fardo para as outras. Pessoas que pensam, erroneamente, que o outro tem de se doar, inteiramente, a ela para cumprir o mandamente de amar o próximo. É muito bom ter amigos, mas ideal é que a pessoa viva com liberdade, pois ter amigo é benção e não escravidão . Tudo o que é demais não é bom. O ideal é que, se possível, os convites sejam recíprocos, pois já dizia "minha avó": Se ela fosse sua amiga te convidaria pra ir à casa dela, ela sabe tudo sobre você e o que ela te conta sobre ela? Muitas pessoas até gostariam de dedicar-se à Bíblia e a oração, mas por causa deste tipo de conduta afogam-se em problemas, afastando-se da fé, e o pior deixando que a roda dos escarnecedores seja a mesa da cozinha. Existem relatos verídicos de pessoas, que só acharam como solução a mudança de endereço. Em seus corações perdura a dificuldade em liberar o perdão, trazendo o comprometimente da própria alma.Todos os dias crentes são envolvidos em situações parecidas, por falta de sabedoria bíblica, colocando sempre a culpa no diabo. Obviamente que o inimigo tomará proveito da brecha que lhe foi dada, tecendo uma rede de intrigas e raiva de ambos os lados. Mas uma arma infalível para se preservar uma bela amizade é o bom senso. Principalmente quando nos colocamos no lugar do outro, ao invés de o contrangermos com aquela perguntinha básica: "Estou incomodando você?" Obviamente, se a fizermos, esperamos um "não"como resposta, caso contrário seria uma ofensa. Agora responda para si mesmo: De quem é a culpa? Quem não deu crédito à Bíblia? A Bíblia diz em eclesiastes 3 que para tudo há tempo determinado debaixo do sol. Como por exemplo tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar. Devemos entender que se você abraça e não solta acaba sufocando a pessoa. Deixando-a inerte, sem poder viver a sua própria independencia. Devemos amar, sabendo respeitar o espaço alheio. Tal como existem momentos que são só nossos, existem momentos só dos outros.

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